A busca por SEGURANÇA aliada ao CONFORTO para todos os frequentadores do Recreio Infantil Lotta Macedo Soares (CIDADE DAS CRIANÇAS), sobretudo para o público infantil, norteou a determinação conjunta do Superintendente da Zona Sul Marcelo Maywald, do Inspetor Isnailde da 9ª Inspetoria da Guarda Municipal e do Comandante da Operação Aterro Presente Major Peres, na adoção de uma nova configuração para a ocupação interna do PÁTIO ENSAIBRADO, que desde ontem, sábado dia 10 de junho, passa a reservar inteiramente LIVRE DE CARROS, cerca de metade da sua área, agora dedicada a receber, com exclusividade, atividades culturais lúdicas de recreação.
Vencida a fase crítica da violência urbana nas áreas e arredores do Parque do Flamengo, pela ação sempre PRESENTE e diligente dos responsáveis pelo novo Sistema de Segurança de Proximidade, torna-se possível o retorno gradual à normalidade das atividades deste magnífico equipamento da Cidade do RIO.
Que o ESPIRITO alegre, festivo e receptivo possa, progressivamente, retornar à vida dos Cariocas.
Por Paulo Nascimento
Administração do Parque do Flamengo
Mário Sophia reencontrando Monica Morse, filha de Lotta, depois de quase 50 anos.
Faleceu na manhã do dia 25 de junho, aos 77 anos, o arquiteto Mário Ferreira Sophia. O caçula do Grupo de Trabalho para a Urbanização do Aterro. Mário Sophia, era ainda estudante de Arquitetura quando entrou para a equipe de Lotta como Desenhista de Projeto.
Em 1965, assinou seus primeiros projetos, “O Labirinto” e o “Teatro para Brincar”, ambos no Playground do Morro da Viúva, parte do grande projeto arquitetônico de Affonso Eduardo Reidy, seu mestre e amigo.
Sophia nos contou com alegria, grandes histórias do Grupo de Trabalho da Lotta, como Reidy o vez desenhar inúmeras vezes a curvatura da enseada da Glória, ou quando ele foi defendido à palavrões, por Lotta, em uma desavença no “barracão”, com o cineastra Ary Fernandes, diretor do famoso seriado da TV Tupi, “O Vigilante Rodoviário”.
Muito amigo de Roberto Burle Marx, tornou-se um paisagista experiente e respeitado, trabalhou em diversos órgãos da administração municipal e estadual ao longo de 50 anos de carreira. Foi diretor do Departamento de Parques e Jardins, na década de 1980; passou pela Empresa de Obras Públicas do Estado, Riourbe e a antiga Superintendência de Urbanização e Saneamento, onde teve a oportunidade de acompanhar de perto a fase decisiva das obras do Parque do Flamengo, a partir de 1963.
Além da carreira no serviço público, Mário foi professor de paisagismo nas universidades Santa Úrsula e Estácio, durante muitos anos. Manteve também uma carreira paralela como paisagista, sendo autor de diversos projetos, entre os quais o Parque Arruda Câmara, de 1985, conhecido como Bosque da Barra, onde os elementos arquitetônicos são de autoria de Carlos Werneck. Seu trabalho mais recente é o projeto paisagístico do Hotel Grand Hyatt, que será inaugurado na Barra da Tijuca.
Mário Sophia ficava revoltado quando pessoas do próprio meio acadêmico, falavam que o Pavilhão do Playground do Morro da Viúva fora projetado para ser o Museu Carmem Miranda. Expressava profunda admiração quando falava do seu companheiro do Grupo de Trabalho e seu assessor no Departamento de Parques e Jardins, Carlos Werneck.
Em nossa última conversa estava querendo visitar os amigos Júlio César Pessolani Zavala (arquiteto e ex-sócio do Escritório Burle Marx) e Ethel Bauzer Medeiros (responsável pela programação original do Parque do Flamengo).
Mário Sophia foi nosso convidado especial na comemoração do 48º aniversário do Parque do Flamengo, recebendo do Instituto Lotta o Troféu de Realizador e o Título de Presidente de Honra da instituição.
O Parque do Flamengo fica mais triste sem a alegria contagiante do Mestre e Amigo Mário Sophia. Nossas condolências aos seus familiares e amigos, em especial a viúva, aos três filhos e aos netos a quem ele tanto amava.